Família envenenada com ovo de Páscoa; entenda o caso
Um menino de sete anos morreu, na quinta-feira (17), após ter comido um ovo da Páscoa supostamente envenenado, em Imperatriz, no estado do Maranhão. As autoridades já detiveram a suspeita, que se encontra agora em prisão preventiva, e que teria sido motivada por “ciúme e vingança”.
A mãe da criança, Miriam Lira, e a irmã do menino também comeram o ovo de chocolate e encontram-se hospitalizadas em estado grave.
O que é que aconteceu?
Na quarta-feira à noite, a família de Miriam Lima recebeu um ovo de Páscoa. Foi entregue por um delivery e trazia um bilhete: “Com amor, para Miriam Lira. Feliz Páscoa”.
Depois de feita a entrega, Miriam Lira recebeu um chamada de uma mulher, que não se identificou. No entanto, questionou se tinha recebido o ovo de Páscoa.
Após comerem o ovo de chocolate, o primeiro a sentir-se mal foi o menino de sete anos, que foi levado para o Hospital Municipal de Imperatriz. Foi entubado, mas acabou por não resistir e morreu horas depois.
Por sua vez, Miriam Lira começou a ter sintomas de envenenamento quando estava no hospital. As mãos começaram a ficar roxas e começou a ter dificuldades em respirar, tendo sido internada. A filha também, Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, deu entrada no hospital com os mesmos sintomas.
Quem é a suspeita e o que disse?
A suspeita de envenenar a família, detida em Santa Inês, na quinta-feira, foi identificada como Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos e é ex-namorada do atual companheiro da mãe das crianças, Miriam.
De acordo com a Polícia Civil, o “crime foi motivado por vingança, por ciúme” e “há vários indícios de que foi autora do crime”.
No depoimento prestado às autoridades, a mulher confessou ter comprado o chocolate, mas negou ter colocado veneno, segundo o G1. Contudo, a Polícia Civil destaca que há indícios suficientes que apontam Jordélia como autora do crime.
Há novos detalhes
A suspeita do envenenamento da família reservou um hotel em Imperatriz, na noite de quarta-feira. No entanto, usou um nome falso, Gabrielle Barcelli, uma fotografia com peruca e erros ortográficos no cartão que apresentou.
Segundo o G1, a mulher afirmou ser transsexual e estar no processo de mudar de nome justificando, por isso, não apresentar os seus verdadeiros documentos no hotel onde ficou hospedada.
O que se sabe
A Polícia Civil conseguiu localizar a suspeita através de imagens de videovigilância, que comprovam as compras feitas. Há ainda o depoimento do seu ex-namorado que ajudou a polícia a chegar até Jordélia, indicando que ela poderia estar envolvida no caso.
A suspeita morava em Santa Inês, mas ficou hospedada num hotel em Imperatriz. Há imagens que mostram Jordélia sentada nos sofás da recepção do hotel. Nesse mesmo dia, a mulher foi até uma loja de chocolates e fez uma compra. As imagens de videovigilância mostram ela de peruca preta e de óculos.
Posteriormente, esses pertences foram encontrados, assim como restos de chocolate armazenados em bolsas térmicas e bilhetes de ônibus. Foram também encontrados recheios guardados numa bolsa que a própria teria preparado.
Jordélia Pereira Barbosa está em prisão preventiva. As autoridades continuam as investigações, restando ainda determinar a causa da morte do menino de sete anos, uma vez que o chocolate também se encontra sendo analisado.
Leia Também: Perseguição termina em tragédia no Rio; três policiais morreram